Bruno Lemos / Sony Brasil Luciano Zasso destrincha o processo da geração de ondas. Olhando para a arrebentação em um dia de ondas grandes, porém irregulares, me peguei fazendo a seguinte reflexão: quantas vezes investimos em uma sessão – ou mesmo em uma surf trip – baseada nos modelos de previsão, que indicavam condições épicas. Apesar de período, tamanho e direção de swell alinhados, muitas vezes na praia nos deparamos com um cenário nada parecido. Aquela onda que supostamente estaria perfeita acaba virando uma “fechadeira”, impossibilitando a sessão dos sonhos. Em contrapartida, não foram poucas vezes em que todos os prognósticos apontavam condições irregulares mas, quando colocamos o pé na areia, ondas incríveis apontam no outside. Essas situações ocorrem com frequência, pois, ao analisarmos isoladamente os modelos de previsão, deixamos de considerar que a zona costeira é um ambiente complexo, constituído por uma geografia com elementos extremamente dinâmicos (ondas, corrente