O surfe sempre esteve envolvido em sua vida. Primeiro como competidor de altíssimo nível, depois como professor de escolinha, pai de atletas e técnico entre os melhores da elite mundial. Ricardo Toledo pode se orgulhar de uma carreira totalmente feita no esporte que escolheu ainda aos 5 anos de idade.
Nascido em 28 de abril de 1968, Ricardinho é um dos nomes que marcaram história no surfe. É casado com Mari há 32 anos, tem quatro filhos, Matheus, Filipe, Davi e Sofia e dois netos, Mahina e Koa, filhos de Filipinho e Ananda. Nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba, mas fez toda a sua vida e carreira em Ubatuba, no litoral norte paulista, e atualmente mora em San Clemente, Califórnia (EUA).
“O surfe é a minha vida. Faço isso desde pequeno, me tornei atleta profissional, pai de família como surfista, fiz universidade por causa do surfe, para atuar na área e pelos benefícios que me traria como pessoa e profissional. Criei meus filhos, minha família com o surfe. E hoje o Filipe se tornou um atleta de alto rendimento e o acompanho. É a minha vida, é tudo”, sintetiza.
Como atleta, Ricardinho fez história com três títulos brasileiros profissionais, o primeiro ainda com 17 anos, em 1985, e os outros dois já valendo pela Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp), em 1991 e 95, coincidentemente nos anos de nascimento de seus filhos mais velhos, Matheus e Filipe.
Ficou conhecido por seu surfe agressivo, radical, com manobras fortes. Além dos títulos nacionais, colecionou muitas conquistas, como duas vitórias no Circuito Mundial, ambas em 1995. “Os principais momentos foram os títulos brasileiros. O primeiro título com 17 anos foi realmente um marco na carreira e depois os dois brasileiros, porque foram nos anos dos nascimentos dos meus filhos”, ressalta.
“Meus principais rivais na época eram Dadá Figueiredo e Tinguinha Lima, que tinham surfe mais progressivo e queria vencer. Tinha o Jojó de Olivença, que era bem constante”, recorda Ricardinho, que entre suas lembranças tem a viagem para a Indonésia, quando era garoto. “Foi marcante, por eu ser muito novo e com experiências bizarras. Entre elas, ter ficado no aeroporto de Cingapura três dias esperando meu voo e sem dinheiro para comer”, conta.
Ao se aposentar como profissional, seguiu competindo e foi campeão paulista Open, Master e de Longboard. Também representou o Brasil no Mundial Master da International Surfing Association (ISA), em 2008, no Peru, sendo medalha de prata, atrás apenas do tetracampeão mundial da categoria, Juan Ashton, de Porto Rico.
Fora da vida de competidor, foi instrutor da exemplar escola de surfe da Prefeitura de Ubatuba, na Praia Grande, mesmo lugar onde ele aprendeu a surfar aos 5 anos de idade “com uma prancha emprestada de um amigo do meu pai, o Fabio Madueño”, recorda.
Atuou no projeto de 2000 a 2010, ajudando a revelar grandes talentos. Paralelamente ao trabalho, cursou Educação Física na Faculdade Módulo, em Caraguatatuba, de 2004 a 2007, já pensando na carreira de treinador, unindo o conhecimento do curso à sua experiência nas ondas.
“Sem dúvida alguma, coloquei muito do que aprendi como profissional de Educação Física como técnico do Filipe”, ressalta Ricardinho, referindo-se ao filho, top 4 do Championship Tour (CT) e segundo brasileiro com mais vitórias na elite do surfe mundial, oito até agora, que ele acompanha oficialmente como treinador desde que Filipinho iniciou a trajetória como profissional aos 15 anos.
Perfil – João Ricardo de Castro Toledo
Nascido em 28 de abril de 1968, em Taubaté (SP)
Casado com Mari há 32 anos
Pai de Matheus, Filipe, Davi e Sofia
Avô de Mahina e Koa
Campeão brasileiro profissional em 1985, 91 e 95 (as 2 últimas pela Abrasp)
Vice-campeão mundial master pela ISA em 2008, no Peru
Formado em Educação Física pela Faculdade Módulo – 2004 a 2007
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