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Coluna Museu do Surfe, de Diniz Iozzi e Gabriel Pierin, apresenta história de Flávio Boabaid, idealizador e organizador de eventos como Hang Loose Pro Contest e Festival Olympikus de Surf.

Flávio Boabaid da Pro Contest[gallery td_select_gallery_slide="slide" ids="3651735,3651736,3651733,3651739,3651734,3651730,3651731,3651732,3651737,3651738"] Flávio Marçal Boabaid descende de libaneses e portugueses. Seu pai, Antonio Boabaid, procurador-geral do Instituto Brasileiro de Defesa Florestal, era o mais velho dos 10 filhos de Féris Boabaid, imigrante libanês da cidade de Zahle. Sua mãe, Elci Irene, filha do casal de origem portuguesa, João e Altair Marçal, se tornou procuradora da Fazenda Nacional. Antonio e Elci se conheceram na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina, casaram-se e tiveram seis filhos. Flávio é o quinto, nascido em 17 de dezembro de 1959, época que o casal vivia em Criciúma (SC), cidade do sul do estado. Em 1962, a família mudou-se para a praia de Bom Abrigo, na baía sul da capital catarinense, Florianópolis. Membro de uma família dedicada ao desporto, ele se destacava na equipe de basquete do Colégio Catarinense. Um dos seus colegas de quadra, porém de outra categoria, era o estudante Rubens Bita Pereira. Bita tornou-se um grande amigo e juntos protagonizaram a experiência que mudaria suas vidas. No início do verão de 1974, Bita convidou Flávio para passar um fim de semana na sua casa de praia, em Balneário Camboriú. A surpresa partiu do pai de Bita que presenteou o filho com uma prancha azul e branca do shaper Roberto. Os dois nunca tinham visto qualquer imagem de surfe na vida. Sem noção de como surfava, pegaram a prancha e foram pro mar brincar, sem cordinha e parafina. Eles insistiram por dois finais de semana. Depois de algumas horas no mar, um grupo de surfistas de Santos viu o esforço dos garotos e deu uma aulinha básica. No final do verão de 1974, Flávio comprou sua primeira prancha, uma vermelha de um uruguaio que passava por Floripa. A prancha marcante determinaria a cor de todas as suas pranchas pelos próximos 50 anos e o fim da relação de Flávio com o basquete. Em 1977, Flávio se impressionou com o Festival Gledson, em Itajaí/Navegantes, em 1977, quando Flávio comprou uma prancha do Rico e ainda viu o carioca Daniel Friedmann e o paulistano Paulinho Tendas dando show no mar. Na volta de uma viagem à Califórnia e Europa, em 1981, Roberto Perdigão e Arnaldo Spyer lhe propuseram uma parceria. Assim, em janeiro de 1982, surgiu o Festival Olympikus de Surf, vencido pelo santista Luiz Neguinho, o festival se repetiria nos anos seguintes. Em janeiro de 1985, a equipe realizou o OP Pro, com 742 surfistas inscritos. Sucesso repetido em 1986, 87 e 88. Flávio também deixou como legado o Hang Loose Pro Contest, considerado um dos campeonatos mais bem organizados da história e que serviu de referência para outros torneios. Antes de se formar em Direito, Fábio estudou Biologia por dois anos, com palestra de Jacques Cousteau no seu currículo. Advogado tributarista, aos 65 anos, ele é casado com Karla Regina há 35 e pai de dois filhos, Fernanda com 28 anos e Luiz Felipe com 17. Acompanhe nossas publicações nas redes sociais @museudosurfesantos. Coordenador de pesquisas históricas do surfe @diniziozzi – o Pardhal.

source https://www.waves.com.br/cobertura-especial/guia-de-pranchas-e-equipamentos/surfetv-vitorias-em-itamambuca-dois-titulos-um-shaper-tbssurfboards/

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