Pular para o conteúdo principal

Norte-americano Alessandro Alo Slebir faz história e pega onda de 108 pés em Mavericks, Califórnia (EUA).

Alessandro Alo Slebirhttps://www.youtube.com/watch?v=9JmN8_zUY1w

Em um dia que já havia entrado para a história do surfe por conta de um swell de inverno poderoso, o norte-americano Alessandro Alo Slebir, de 23 anos, pode ter escrito seu nome nos livros dos recordes.

No final de dezembro de 2024, enquanto um forte temporal castigava a costa e danificava o píer de Santa Cruz, Slebir enfrentou o que pode ser a maior onda já surfada na história, em Mavericks, com impressionantes 108 pés (32,9 metros), segundo o portal norte-americano SFGATE.

"Realmente não importa o tamanho da onda para mim", diz Slebir ao SFGATE. "Foi realmente a maior onda da minha vida e é tudo o que realmente me importa no momento".

O recorde atual é do alemão Sebastian Steudtner, que surfou uma onda de 86 pés (26,2 metros) em Nazaré, Portugal.

A onda já é uma candidata para o Big Wave Challenge deste ano, segundo Bill Sharp, organizador do concurso. "A onda do Alo é notável. É uma das maiores ondas já vistas e capturadas em fotos e vídeos, e elas falam por si mesmas", fala Sharp ao SFGATE. "Vai exigir mais análise, mas acho que 100% na discussão para a maior onda surfada."

  Ver essa foto no Instagram  

Uma publicação compartilhada por Alessandro “Alo” Slebir (@aloslebir)

"Surfei e testemunhei algumas das maiores ondas da minha vida. Essa onda foi uma das muitas que se destacaram. Como sempre, agradeço a Lucas Padua não apenas por ser um ótimo parceiro de reboque, mas também por ser um ser humano incrível. Agradeço também a Drake Stanley e a Mavericks Rescue por nos vigiarem nesse dia tão especial", fala Alo em post no Instagram.

Slebir surfou Mavericks pela primeira vez quando tinha apenas 14 anos e tem sido uma figura constante no pico nos últimos anos com seu parceiro Luca Padua. "Nunca vi ondas daquele tamanho na minha vida", fala Slebir. "Isso não quer dizer muito porque eu só tenho 23 anos. Os veteranos sempre dizem: 'Você verá outra', mas aquele foi nosso Monte Everest. Você nunca sabe, pode acontecer na próxima semana ou não novamente por outros 30 anos".

Ambos os surfistas têm conquistado cada vez mais reconhecimento por suas façanhas em Mavericks, com Slebir vencendo Performer of the Year no pico duas vezes e Padua treinando com o ícone do surfe de ondas grandes Laird Hamilton, embora nenhum dos surfistas tenha um patrocinador financeiro importante.

Slebir disse que ainda trabalha na construção civil no verão para poder tirar férias e pegar todas as ondulações em Mavericks que puder.

  Ver essa foto no Instagram  

Uma publicação compartilhada por Frankie Quirarte (@mavericks_rescue)

Em seu perfil oficial, o Mavericks Rescue exibiu uma métrica que mostra o tamanho da onda surfada por Alo. "Usando a mesma tecnologia de ponta desenvolvida pela engenharia da Porsche e pela equipe Steudtner sob a mesma medição, a onda surfada por Alo em Mavericks em 23/12/24 mede 108 pés (32,9 metros) em comparação aos 86 pés (26,2 metros) de Steudtner, o atual recorde mundial. Nas próximas semanas, confirmaremos a altura usando o mesmo método usado para medir em Nazaré.

A onda de Alo foi capturada do ângulo da água, tanto em vídeo por Blakeney Sanford e Jack Sandler quanto em imagem estática, o que se mostrou mais preciso do que o ângulo do penhasco, que comprovadamente adiciona pelo menos 10% à altura da onda. De qualquer forma, dada a margem de erro, o limite de cem pés de onda pode ter sido ultrapassado. E apropriadamente na onda mais pesada do mundo", diz o post.

Dê o play acima e confira!

Assista mais vídeos no canal Bigwavechallenge.



source https://www.waves.com.br/noticias/big-waves/mavericks-historico-a-100-pes-do-paraiso/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Juiz contesta resultado

ISA / Sean Evans Kanoa Igarashi tem nota fora do normal durante bateria contra Gabriel Medina, segundo juiz brasileiro José Cláudio Gadelha Reportagem do jornalista Roberto Salim, do portal UOL, ouviu José Cláudio Gadelha, que garante: Gabriel Medina venceu Kanoa Igarashi nas semifinais dos Jogos Olímpicos. Um dos principais especialistas em julgamento no Brasil, ex-diretor técnico da Confederação Brasileira de Surf até o fim do ano passado, Gadelha porém contesta a hipótese de “roubo”. “Não se pode colocar a questão neste patamar. Não se pode falar em roubo, porque todos os juízes que estão lá são supercapacitados. Eles têm o replay para julgar. Mas ficou sim uma dúvida: foi muito alta aquela nota que determinou a vitória de Igarashi”, explica. Para Gadelha, o fato de que as manobras são julgadas subjetivamente torna a avaliação das ondas bastante interpretativa. “Nós temos um grupo de pessoas ligadas ao surfe e analisamos muito o que aconteceu no Japão e pelas imagens, que est...

Italo fica em quinto na Austrália

WSL / Aaron Hughes Italo Ferreira fica em quinto lugar no Margaret River Pro. Foto de arquivo. O Brasil está sem representante no Margaret River Pro. O único brazuca que chegou nas quartas de final foi eliminado por Matthew McGillivray. Italo Ferreira começou melhor a bateria, mas sofreu a virada e terminou o evento na quinta posição. A disputa entre os dois foi a segunda da fase. Italo abriu com 3.00 pontos, e na sequência conseguiu fazer boas rasgadas e finalizou duas direitas com batidas na junção. As notas 6.50 e 7.17 deram a liderança para o brasileiro. Porém Matthew reagiu. Primeiro ele anotou 7.10 e depois assumiu a liderança com 8.77, após atacar uma direita intermediária com boas manobras. Italo passou a necessitar de 8.71 pontos e não conseguiu chegar perto da virada. A derrota foi pelo placar de 15.87 a 13.67. Margaret River Pro Oitavas de final 1 John John Florence (HAV) x Kolohe Andino (EUA) W.O. (problemas estomacais) 2 Callum Robson (AUS) 9.87 x 7.57 Griffi...

A história do Havaí

Reprodução Estátua de Kamehameha I em Hilo, Big Island. Nesta quinta-feira (11), o Havaí celebra o feriado Kamehameha Day, que homenageia o rei Kamehameha I, responsável pela unificação do arquipélago, em 1810. Mais de dois séculos depois de sua morte, Kamehameha e sua família ainda estão muito presentes na cultura do Havaí. Mas para relembrar o legado deste líder, o principal da história havaiana, é preciso viajar no tempo, até meados do século VII… Devido a sua localização no Pacífico, o Havaí permaneceu desabitado por milênios. A presença humana por lá começou por volta dos anos 600 e 1000, com os primeiros assentamentos polinésios. Eles navegaram em canoas, a partir das Ilhas Marquesas, a quase 4 mil km de distância. Por volta de 1.600, com uma população de cerca de 150 mil, o Havaí era tomado por conflitos internos e o contato com o mundo exterior era limitado. A primeira expedição oficial europeia a chegar no local foi registrada em 18 de janeiro de 1778, a terceira viage...