Pular para o conteúdo principal

Coluna Museu do Surfe, de Gabriel Pierin, apresenta história do havaiano Duke Kahanamoku, considerado pai do surfe moderno e vencedor de cinco medalhas olímpicas como nadador.

Duke Kahanamoku, The Big Kahuna[gallery td_select_gallery_slide="slide" ids="3604460,3604459,3604458,3604457,3604456,3604455"] Kahanamoku, apelidado de The Duke e The Big Kahuna, é considerado o pai do surfe moderno. O havaiano ganhou cinco medalhas olímpicas como nadador, mas também se destacou na indústria cinematográfica, política e na vida empresarial. Duke tinha cinco irmãos e três irmãs. Seu pai era policial e sua mãe uma mulher religiosa. Nos primeiros anos, Duke impressionou com habilidades em natação e rapidamente começou a ganhar competições para se tornar o maior e mais importante nadador do Havaí. No final do século 19, missionários estrangeiros quase apagaram o surfe - ou o ato de surfar ondas - das ilhas havaianas. No entanto, Duke estava em constante contato com a água. Ele iria nadar, surfar, mergulhar e explorar os diversos pontos subaquáticos da ilha. O jovem Kahanamoku terminou o ensino fundamental, entrou na Escola Industrial Kamehameha, mas nunca se formou porque sua família precisava de dinheiro. Duke teve que trabalhar para ajudar a pagar as contas. Vendeu jornais, transportou gelo e engraxou sapatos. Aos 21 anos, suas performances de natação valeram a pena: bateu o recorde mundial das 100 jardas livres por 4,6 segundos, mas os juízes consideraram que a medição estava incorreta. Em 1912, Kahanamoku escreveu história para a bandeira havaiana. Ele ganhou a medalha de ouro no estilo livre de 100 metros e a medalha de prata no revezamento 4x200 nos Jogos Olímpicos de Estocolmo. O mundo do esporte tinha um novo herói. Duke começou a viajar pelo mundo para ensinar sua famosa técnica de natação Kahanamoku Kick. Mas ele mudaria um país em particular para sempre. Em 23 de dezembro de 1914, o atleta de pele escura foi a estrela da primeira exposição de surfe em Freshwater Beach, em Sydney, Austrália. Hoje, a prancha original de pinho de Kahanamoku é cuidadosamente mantida no Freshwater Surf Club. Duke e surfistas australianos selaram uma aliança eterna. A estrela do mundo da natação continuou colecionando medalhas olímpicas (Antuérpia, em 1920, e Paris, em 1924), e a partir daí o surfe começava a se tornar um esporte global. Nos anos 30 e 40, o waterman havaiano apareceu nos filmes de Hollywood, trabalhou como mecânico e salva-vidas, e compartilhou seu conhecimento sobre natação. Em 1925, Duke salvou a vida de oito homens, quando o iate de 40 pés Thelma foi atingido por um swell gigante, em Corona del Mar. O waterman fez três viagens até a praia para resgatar um grupo de pescadores. Duke Kahanamoku foi a primeira pessoa a ser introduzida no Hall da Fama do Surf e no Hall da Fama da Natação. Ele conheceu e trabalhou com Tom Blake, casou-se com Nadine Alexander e serviu como xerife de Honolulu (1932-1961). Em 1959, quando o Havaí se tornou o 50º Estado dos EUA, Kahanamoku foi oficialmente nomeado Embaixador Aloha do Estado do Havaí. Nos anos seguintes, ele sobreviveu a uma cirurgia no cérebro e até dançou hula com a rainha-mãe da Inglaterra, Elizabeth. Ele viveu 77 anos e faleceu em 22 de janeiro de 1968. Duke encarna o espírito de Aloha. Suas cinzas foram jogadas nas ondas de Waikiki e uma estátua de bronze foi erguida em sua memória na praia de Kuhio, em Honolulu. A estátua do Duke Kahanamoku recebe todos de braços abertos e é uma das atrações mais populares do Havaí. Mas tem mais. A Lagoa Duke Kahanamoku, uma pequena piscina artificial construída na década de 1950, é frequentemente considerada uma das melhores praias dos Estados Unidos. The Big Kahuna deu a vida ao surfe e tocou os corações e as almas de milhões de pessoas em todo o mundo. Uma maneira esplêndida de viver a vida ao máximo.

source https://www.waves.com.br/noticias/competicao/olimpiadas/joao-chumbinho-entrevista-teahupoo-olimpiada/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Juiz contesta resultado

ISA / Sean Evans Kanoa Igarashi tem nota fora do normal durante bateria contra Gabriel Medina, segundo juiz brasileiro José Cláudio Gadelha Reportagem do jornalista Roberto Salim, do portal UOL, ouviu José Cláudio Gadelha, que garante: Gabriel Medina venceu Kanoa Igarashi nas semifinais dos Jogos Olímpicos. Um dos principais especialistas em julgamento no Brasil, ex-diretor técnico da Confederação Brasileira de Surf até o fim do ano passado, Gadelha porém contesta a hipótese de “roubo”. “Não se pode colocar a questão neste patamar. Não se pode falar em roubo, porque todos os juízes que estão lá são supercapacitados. Eles têm o replay para julgar. Mas ficou sim uma dúvida: foi muito alta aquela nota que determinou a vitória de Igarashi”, explica. Para Gadelha, o fato de que as manobras são julgadas subjetivamente torna a avaliação das ondas bastante interpretativa. “Nós temos um grupo de pessoas ligadas ao surfe e analisamos muito o que aconteceu no Japão e pelas imagens, que est

Italo fica em quinto na Austrália

WSL / Aaron Hughes Italo Ferreira fica em quinto lugar no Margaret River Pro. Foto de arquivo. O Brasil está sem representante no Margaret River Pro. O único brazuca que chegou nas quartas de final foi eliminado por Matthew McGillivray. Italo Ferreira começou melhor a bateria, mas sofreu a virada e terminou o evento na quinta posição. A disputa entre os dois foi a segunda da fase. Italo abriu com 3.00 pontos, e na sequência conseguiu fazer boas rasgadas e finalizou duas direitas com batidas na junção. As notas 6.50 e 7.17 deram a liderança para o brasileiro. Porém Matthew reagiu. Primeiro ele anotou 7.10 e depois assumiu a liderança com 8.77, após atacar uma direita intermediária com boas manobras. Italo passou a necessitar de 8.71 pontos e não conseguiu chegar perto da virada. A derrota foi pelo placar de 15.87 a 13.67. Margaret River Pro Oitavas de final 1 John John Florence (HAV) x Kolohe Andino (EUA) W.O. (problemas estomacais) 2 Callum Robson (AUS) 9.87 x 7.57 Griffin Co

Em entrevista ao Let's Surf Podcast, Edinho Leite recorda trajetória do Série ao Fundo e traz detalhes sobre atual momento do canal, que deixou de produzir conteúdos.

[embed]https://youtu.be/PqVaWiDA1F4?si=PqpmRU-iL6OqK95f[/embed] Em um papo com o Let's Surf Podcast , Edinho Leite recordou o começo do Série ao Fundo, quando ele, ao lado de Tiago Brant e Renan Rocha, faziam análises dos eventos do Circuito Mundial (WCT) após as transmissões na ESPN. Na conversa, ele também analisa a evolução do projeto, desde a criação de outros quadros até outras produções especiais, como, por exemplo, viagens para coberturas in-loco do Pipe Masters. Hoje, o SAF, como é conhecido, passa por um período sabático, esperando o momento certo para voltar. Quer saber mais sobre toda a situação? O que aconteceu? Por que não produzem mais vídeos? Quando eles voltam? Confira no papo! Para assistir ao papo completo com Edinho Leite e muitos outros conteúdos, acesse o canal oficial do Let's Surf Podcast no YouTube . source https://www.waves.com.br/entrevistas/edinho-fala-sobre-serie-ao-fundo/