Pular para o conteúdo principal

Pikachu reina em casa

Nos últimos dias 24 e 25 (sexta e sábado), um sólido swell de Sudeste atingiu o litoral do Rio de Janeiro, ligando a máquina de esquerdas da praia do Arpoador, na Zona Sul do Rio.

Com a janela de espera para o “Arpoador Clássico” aberta e chegando ao fim, a direção do Arpoador Surf Club (ASC) não teve dúvidas em chamar o campeonato mais tradicional do berço do surfe carioca, que em 2020 não foi realizado devido à pandemia.

Agora apresentado pela Cerveja Praya e tendo o co-patrocínio da surfwear paulista Hang Loose, o evento deste ano recebeu alvará da Prefeitura do Rio para ser realizado apenas com atletas vacinados contra a Covid-19, e respeitando as demais regras sanitárias vigentes no município do Rio de Janeiro.

Mais do que uma competição, o “Arpoador Clássico” é um encontro de gerações, para celebrar a história de um dos principais palcos do surfe competição do Brasil.

E nada melhor para isso do que reunir ícones do surfe brasileiro como Cauli Rodrigues, Ricardo Bocão, Rico de Souza, Otávio Pacheco, dentre outros, nas categorias Legends (pranchinha e pranchão).

Convidados pelo ASC, esses “jovens” com mais de 60 anos tiveram a oportunidade de ter o line up do Arpex em um dia clássico liberado só para eles poderem reviver os seus bons momentos no pico.

Os destaques nos 30 minutos de bateria foram o Rico de Souza (no pranchão) e o Lipe Dylong (na pranchinha). Mas, cabe ressaltar que não eram baterias de competição e sim de apresentação, de modo que todos saíram vencedores. Ao público restou aplaudir esta verdadeira aula de amor e dedicação ao esporte.

Nas disputas pra valer, destaque para o domínio do surfe de backside na categoria Open, com quatro surfistas de base regular fazendo a final.

Lembrando que o “Arpoador Clássico” tem um formato diferenciado, no qual todos os atletas surfam uma bateria no primeiro dia e outra no segundo. Ao final dos dois rounds, são somadas as quatro melhores ondas de cada um, independente do round, e os quatro primeiros da classificação geral fazem uma bateria final, levando a média das quatro melhores ondas da fase sem eliminação.

Anderson Pikachu ataca a esquerda do Arpex e vence competição.

Os finalistas da Open foram o surfista local Anderson “Pikachu”, cria do morro do Cantagalo e atual campeão do circuito do ASC, o local power surfer Bruno Coutinho, o ex-surfista profissional Marcelo Bispo, e o atleta da nova geração de Niterói, Caio Knappi, autor da maior nota da primeira fase (9.33 com um tubo profundo).

Na final, “Pikachu” foi para a terceira laje e atropelou todos os adversários, colocando três notas acima de oito pontos no somatório para se consagrar campeão mais uma vez. Pulando de quarto para segundo com uma grande atuação na final, ficou o Marcelo Bispo, com Bruno Coutinho em terceiro e Caio Knappi em quarto completando o pódio.

Na categoria Grand Master, para atletas com 40 anos ou mais, os goofy-footers conseguiram colocar a maioria na final, porém, foi outro surfista de base regular quem faturou o título, Leonel Brizola.

Profundo conhecedor do pico e também ex-surfista profissional, “Brizolinha” atacou as paredes do Arpex com fortes rasgadas chutando a rabeta, e venceu com larga margem de diferença o surfista do Leme, Marcelo Lacerda (2º), com Fernando Vilhena em terceiro, e Eduardo Chalita em quarto.

Leonel Brizola vence a Grand Master.

A categoria Feminino foi a redenção goofy, com Ariane Mateik em primeiro e Letícia Moraes em segundo, duas surfistas locais que surfam com o pé direito à frente na prancha. Em terceiro ficou a surfista de Arraial do Cabo, Victória Ribeiro, com Kim Battaglin (4ª), Fernanda Avelino (5ª) e Luisa Ramos (6ª) completando a final das seis atletas que subiram no pódio.

Ariane Mateik leva a melhor entre as meninas.

Agradecimentos especiais – O Arpoador Surf Club agradece a todos que ajudaram a viabilizar este evento, aos atletas e à nossa equipe de trabalho (staff): Guilherme Aguiar (organizador/diretor de prova); Magno Mexicano (produção); Renata Mattos (assistente); Paulo Dolabella (head); Rubens Goulart (head); Marcio Monteiro (árbitro); Claudio Alberti (árbitro); Simão Romão (árbitro); Pablo Souza (árbitro); Henrique Prates (locutor); Ricardo Lopes (locutor); Ewerton Marques (spotter); Roberto Montilho “Mé” (beach-marshall); Alexandre Silva “Rascunho” (beach-marshall); Jean Carlos (segurança de água); Ítalo Scooby (segurança de água); Bimbo (apoio); Rodrigo Carvalho “Tico” (apoio); Ana Paula Vasconcelos (fotógrafa); Daniel Quintanilha (filmagem); Ulisses Leão (sonorização); E a toda a galera local que apoiou e prestigiou.

Muito obrigado!

Resultados

Open

1 Anderson Carvalho “Picachu”
2 Marcelo Bispo “Preto-Loro”
3 Bruno Coutinho
4 Caio Knappi

Grand Master (40+)

1 Leonel Brizola
2 Marcelo Lacerda
3 Fernando Vilhena “Xará”
4 Eduardo Chalita

Feminino

1 Ariane Mateik
2 Letícia Moraes
3 Victória Ribeiro
4 Kim Battaglin
5 Fernanda Avelino
6 Luisa Ramos

Legends Pranchinha (60+)

Cauli Rodrigues
Ricardo Bocão
Otávio Pacheco
Moysés Levy
Lipe Dylong (destaque)

Legends Longboard (60+)

Rico de Souza (destaque)
Gian Cacciola
Ricardo Sirotsky
Guanabara

O evento Cerveja Praya Arpoador Clássico 2020/21 foi uma realização do Arpoador Surf Club – ASC com patrocínio da Cerveja Praya, co-patrocínio da Hang Loose, e o apoio da Boards Co, La Carioca, Maxime, Acquatic, Piranha Surf, Super Food, SurfeTV, Sacca, Kilhas Surf Club, e Dojo Cid Nascimento. Divulgação do Waves e apoio institucional da FESERJ e da Prefeitura do Rio.

Agradecimentos: Bruno BR do Fleshbeck Crew (ilustração do pôster), Social Hostel, Subprefeitura da Zona Sul, SMEL, 3º GMAR, 14ª Delegacia De Polícia Civil, 23º Batalhão De Polícia Militar, e Favela Surf Clube.

O post Pikachu reina em casa apareceu primeiro em Waves.



source https://www.waves.com.br/noticias/competicao/amador/arpoador-classico-pikachu-reina-em-casa/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Juiz contesta resultado

ISA / Sean Evans Kanoa Igarashi tem nota fora do normal durante bateria contra Gabriel Medina, segundo juiz brasileiro José Cláudio Gadelha Reportagem do jornalista Roberto Salim, do portal UOL, ouviu José Cláudio Gadelha, que garante: Gabriel Medina venceu Kanoa Igarashi nas semifinais dos Jogos Olímpicos. Um dos principais especialistas em julgamento no Brasil, ex-diretor técnico da Confederação Brasileira de Surf até o fim do ano passado, Gadelha porém contesta a hipótese de “roubo”. “Não se pode colocar a questão neste patamar. Não se pode falar em roubo, porque todos os juízes que estão lá são supercapacitados. Eles têm o replay para julgar. Mas ficou sim uma dúvida: foi muito alta aquela nota que determinou a vitória de Igarashi”, explica. Para Gadelha, o fato de que as manobras são julgadas subjetivamente torna a avaliação das ondas bastante interpretativa. “Nós temos um grupo de pessoas ligadas ao surfe e analisamos muito o que aconteceu no Japão e pelas imagens, que est

Italo fica em quinto na Austrália

WSL / Aaron Hughes Italo Ferreira fica em quinto lugar no Margaret River Pro. Foto de arquivo. O Brasil está sem representante no Margaret River Pro. O único brazuca que chegou nas quartas de final foi eliminado por Matthew McGillivray. Italo Ferreira começou melhor a bateria, mas sofreu a virada e terminou o evento na quinta posição. A disputa entre os dois foi a segunda da fase. Italo abriu com 3.00 pontos, e na sequência conseguiu fazer boas rasgadas e finalizou duas direitas com batidas na junção. As notas 6.50 e 7.17 deram a liderança para o brasileiro. Porém Matthew reagiu. Primeiro ele anotou 7.10 e depois assumiu a liderança com 8.77, após atacar uma direita intermediária com boas manobras. Italo passou a necessitar de 8.71 pontos e não conseguiu chegar perto da virada. A derrota foi pelo placar de 15.87 a 13.67. Margaret River Pro Oitavas de final 1 John John Florence (HAV) x Kolohe Andino (EUA) W.O. (problemas estomacais) 2 Callum Robson (AUS) 9.87 x 7.57 Griffin Co

Em entrevista ao Let's Surf Podcast, Edinho Leite recorda trajetória do Série ao Fundo e traz detalhes sobre atual momento do canal, que deixou de produzir conteúdos.

[embed]https://youtu.be/PqVaWiDA1F4?si=PqpmRU-iL6OqK95f[/embed] Em um papo com o Let's Surf Podcast , Edinho Leite recordou o começo do Série ao Fundo, quando ele, ao lado de Tiago Brant e Renan Rocha, faziam análises dos eventos do Circuito Mundial (WCT) após as transmissões na ESPN. Na conversa, ele também analisa a evolução do projeto, desde a criação de outros quadros até outras produções especiais, como, por exemplo, viagens para coberturas in-loco do Pipe Masters. Hoje, o SAF, como é conhecido, passa por um período sabático, esperando o momento certo para voltar. Quer saber mais sobre toda a situação? O que aconteceu? Por que não produzem mais vídeos? Quando eles voltam? Confira no papo! Para assistir ao papo completo com Edinho Leite e muitos outros conteúdos, acesse o canal oficial do Let's Surf Podcast no YouTube . source https://www.waves.com.br/entrevistas/edinho-fala-sobre-serie-ao-fundo/