Pular para o conteúdo principal

Dia do rei Kamehameha

A Casa ou Dinastia de Kamehameha começou em 1795 com Kamehameha I e terminou na morte de Kamehameha V, em 1872. O reino continuou por mais 21 anos até a queda da Dinastia de Kalakaua, em 1893.

Kamehameha I foi o unificador das ilhas havaianas e primeiro rei do Havaí. Ele fundou o reino em 1795 e tornou-se o único governante do arquipélago em 1810. Ele criou um sistema de leis e praticou comércio com os Estados Unidos e a Europa. Kamehameha foi um dos primeiros governantes a utilizar leis humanitárias em casos de guerra.

Os mais valiosos guerreiros faziam parte da guarda pessoal do rei. Eles eram também seus parceiros do surfe. O rei Kamehameha I saía na companhia deles para surfar nas melhores, mais belas e desertas praias do arquipélago. Porém foi com a ascensão do seu filho, Kamehameha II, ao poder, em 1819, que o esporte sagrado dos reis tornou-se livre.

O novo rei chegou a visitar o Brasil em 1824 em uma comitiva real. Ele esteve no Rio de Janeiro e foi recebido com festa pelo Imperador Dom Pedro I. Essa viagem terminou tragicamente com o adoecimento e a morte do casal real havaiano em Londres, antes da audiência com o soberano inglês. Portanto, Pedro I do Brasil foi o único soberano do planeta que recebeu oficialmente o casal real.

A morte do monarca sem filhos colocou o irmão na linha sucessória. Kamehameha III assumiu o poder, em 1825, aos 11 anos. Em seu longo reinado – o maior da dinastia – o rei tornou o Havaí uma Monarquia Constitucional, deu início à cristianização, modernização tecnológica e transformação cultural do reino. Ele legalizou o catolicismo, editou a primeira Constituição, criando um parlamento e as primeiras leis de terras e de posses. No seu governo, Honolulu tornou-se a capital do país. Além disso, Kamehameha III enfrentou uma tentativa de rendição do Havaí à coroa britânica.

Durante o seu governo, a propagação de várias doenças trazidas do continente dizimaram a população nativa. A curta viagem da costa oeste americana até as ilhas havaianas durante a Corrida do Ouro na Califórnia estimulou o comércio, mas também trouxe visitantes indesejáveis. Kamehameha III faleceu em 15 de dezembro de 1854, vítima de derrame. Ele foi sucedido por Kamehameha IV, seu filho adotivo.

Kamehameha IV, assumiu como monarca do Havaí aos 20 anos de idade. Seu primeiro ato como rei foi interromper as negociações que seu pai havia começado a respeito da anexação do Havaí pelos Estados Unidos. Ele pretendia ampliar os acordos econômicos com diversos países da Europa com o objetivo de limitar a dependência com a América. Não viveu o suficiente para isso e foi sucedido pelo irmão, o quinto da dinastia.

No final do século XIX, a morte sem herdeiros de Kamehameha V aprofundou o Reino do Havaí em uma crise de soberania, que acabou cedendo à pressão pela sua anexação aos EUA.

A chegada dos colonizadores, dos missionários e das doenças ao Havaí aceleraram as mudanças nos costumes e o surfe foi praticamente banido das ilhas. No início do século passado, grandes nomes como George Freeth, Duke Kahanamoku, Alexander Hume Ford, Jack London, Mark Twain, entre outros, fizeram o mundo se voltar para o arquipélago, especialmente para o surfe, parte importante na tradição desses povos.

O dia do rei Kamehameha é celebrado no Havaí, sempre no dia 11 de junho. As quatro estátuas construídas para honrar a memória do rei são cerimoniosamente cobertas com flores.

O post Dia do rei Kamehameha apareceu primeiro em Waves.



source https://www.waves.com.br/colunas/museu-do-surf/dia-do-rei-kamehameha/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Juiz contesta resultado

ISA / Sean Evans Kanoa Igarashi tem nota fora do normal durante bateria contra Gabriel Medina, segundo juiz brasileiro José Cláudio Gadelha Reportagem do jornalista Roberto Salim, do portal UOL, ouviu José Cláudio Gadelha, que garante: Gabriel Medina venceu Kanoa Igarashi nas semifinais dos Jogos Olímpicos. Um dos principais especialistas em julgamento no Brasil, ex-diretor técnico da Confederação Brasileira de Surf até o fim do ano passado, Gadelha porém contesta a hipótese de “roubo”. “Não se pode colocar a questão neste patamar. Não se pode falar em roubo, porque todos os juízes que estão lá são supercapacitados. Eles têm o replay para julgar. Mas ficou sim uma dúvida: foi muito alta aquela nota que determinou a vitória de Igarashi”, explica. Para Gadelha, o fato de que as manobras são julgadas subjetivamente torna a avaliação das ondas bastante interpretativa. “Nós temos um grupo de pessoas ligadas ao surfe e analisamos muito o que aconteceu no Japão e pelas imagens, que est

Italo fica em quinto na Austrália

WSL / Aaron Hughes Italo Ferreira fica em quinto lugar no Margaret River Pro. Foto de arquivo. O Brasil está sem representante no Margaret River Pro. O único brazuca que chegou nas quartas de final foi eliminado por Matthew McGillivray. Italo Ferreira começou melhor a bateria, mas sofreu a virada e terminou o evento na quinta posição. A disputa entre os dois foi a segunda da fase. Italo abriu com 3.00 pontos, e na sequência conseguiu fazer boas rasgadas e finalizou duas direitas com batidas na junção. As notas 6.50 e 7.17 deram a liderança para o brasileiro. Porém Matthew reagiu. Primeiro ele anotou 7.10 e depois assumiu a liderança com 8.77, após atacar uma direita intermediária com boas manobras. Italo passou a necessitar de 8.71 pontos e não conseguiu chegar perto da virada. A derrota foi pelo placar de 15.87 a 13.67. Margaret River Pro Oitavas de final 1 John John Florence (HAV) x Kolohe Andino (EUA) W.O. (problemas estomacais) 2 Callum Robson (AUS) 9.87 x 7.57 Griffin Co

Em entrevista ao Let's Surf Podcast, Edinho Leite recorda trajetória do Série ao Fundo e traz detalhes sobre atual momento do canal, que deixou de produzir conteúdos.

[embed]https://youtu.be/PqVaWiDA1F4?si=PqpmRU-iL6OqK95f[/embed] Em um papo com o Let's Surf Podcast , Edinho Leite recordou o começo do Série ao Fundo, quando ele, ao lado de Tiago Brant e Renan Rocha, faziam análises dos eventos do Circuito Mundial (WCT) após as transmissões na ESPN. Na conversa, ele também analisa a evolução do projeto, desde a criação de outros quadros até outras produções especiais, como, por exemplo, viagens para coberturas in-loco do Pipe Masters. Hoje, o SAF, como é conhecido, passa por um período sabático, esperando o momento certo para voltar. Quer saber mais sobre toda a situação? O que aconteceu? Por que não produzem mais vídeos? Quando eles voltam? Confira no papo! Para assistir ao papo completo com Edinho Leite e muitos outros conteúdos, acesse o canal oficial do Let's Surf Podcast no YouTube . source https://www.waves.com.br/entrevistas/edinho-fala-sobre-serie-ao-fundo/