As disputas on-line do 51 Ice E-Pro Brasil apresentado pelo Curta + Floripa continuam movimentando o surfe competição no mundo virtual, com a realização da etapa brasileira do Circuito Surf Web Series 2020.
A dinâmica das disputas chamou a atenção de árbitros experientes do quadro técnico, em mais um dia de competição. “Muito interessante julgar esse tipo de evento, podendo avaliar os detalhes de cada performance com calma. No meu ponto de vista, nosso maior desafio é ter que analisar ondas intensas em mares distintos, o que torna a competição única em relação ao estamos acostumados a fazer nos campeonatos tradicionais: comparar os atletas no mesmo tipo de onda!”, revelou Fabiano Farias, árbitro internacional que também faz parte do quadro técnico da Fecasurf e Abrasp.
Para dar mais emoção às disputas, a direção de prova permitiu os competidores a trocarem suas ondas antes do início de cada fase. “O objetivo é tornar a competição mais estratégica, como outros esportes profissionais. Depois de conhecer seus adversários na bateria, o atleta poderá usar esse recurso a seu favor, de acordo com as características do surfe de cada um de seus oponentes. Assim a emoção aumenta”, disse Gustavo Duccini, CEO da Surf Open League, criadora da plataforma Surf Web Séries, o campeonato de surfe mundial on-line.
Alguns surfistas mudaram suas estratégias, outros optaram em manter o plano inicial, como o experiente Hizunome Bettero. “Acredito que fiz a escolha certa. Não troquei, porque achei que essa onda tem um grau de dificuldade, potencial e tamanho que pode me classificar para a próxima fase. É um drop no crítico, seguido de um tubo profundo. Apesar do Ian e do Camarão apresentarem ondas muito boas, estamos na briga”, declarou Bettero, antes de saber o resultado oficial.
Após conhecer seus adversários, Ian Gouveia preferiu mexer no tabuleiro e trocar sua onda-performance para essa terceira fase. “Vi que minha bateria seria muito forte contra o Hizunome, o Camarão e o Luan. Resolvi trocar de onda e colocar uma melhor, porque acredito que essa seja a disputa mais difícil dessa fase”, concluiu Gouveia.
Com apenas 16 anos, o jovem Caio Costa foi uma das sensações da primeira fase, quando venceu sua bateria e jogou Samuel Pupo para a repescagem. O garoto mostrou personalidade de veterano quando o assunto é estratégia de competição. “Decidi começar forte para avançar no evento e me garantir nesses primeiros rounds. Eu acredito na minha estratégia, e por isso mantive minha escolha anterior. Não pretendo mudar minhas ondas nas próximas baterias, pois selecionei direitinho o que está na competição, independente do que aconteça”, falou Costa.
Análise: Round 3
A terceira fase foi concluída nessa sexta-feira (30), reunindo 32 atletas divididos em oito baterias com quatro competidores. Os dois melhores de cada disputa avançam na competição.
1ª bateria
A disputa que abriu o terceiro round foi um show de tubos surfados por Ian Gouveia em Maresias, São Sebastião (SP), Hizunome Bettero no Cepílio (RJ) e Thiago Camarão em Paúba, São Sebastião (SP). Luan Hanada optou pelo ataque vertical de backside em numa esquerda de Monduba, no Guarujá (SP).
Resultado Heat 1
Ian Gouveia (Classificado)
Thiago Camarão (Classificado)
Hizunome Bettero
Luan Hanada
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2ª bateria
A disputa foi marcada pelo confronto de tubos versus manobras aéreas. Os catarinenses André Luiz e Jonas Tatuíra foram para o litoral sul catarinense buscar tubos profundos no Farol de Santa Marta em Laguna (SC).
Já Mateus Sena focou numa onda de uma manobra para aplicar um aéreo reverse de frontside em Ponta Negra (RN). Mesma estratégia adotada pelo ex-top mundial Heitor Alves, que escolheu uma direita emparedada na Guarda do Embaú (SC), para completar um aéreo alto com rotação.
Resultado Heat 2
André Luís (Classificado)
Jonas Tatuíra (Classificado)
Mateus Sena
Heitor Alves
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3ª bateria
A disputa reuniu quatro surfistas da nova geração, de localidades diferentes da costa brasileira. Depois de se classificar pela repescagem, Pedro Dib partiu pro ataque pesado em Maresias (SP), combinando o aéreo com rotação e finalizando a junção com um lay-back.
Os catarinenses Artur Romão e Léo Casal escolheram respectivamente as praias Grande, em São Francisco do Sul (SC), e Mole, em Florianópolis (SC), para executarem combinações de manobras poderosas em suas performances. Direto da Bahia, Fabrício Bulhões definiu sua performance com um aéreo reverse bem alto na junção, no Havaizinho.
Resultado Heat 3
Léo Casal (Classificado)
Fabrício Bulhões (Classificado)
Pedro Dib
Artur Romão
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4ª bateria
Mais uma bateria difícil entre quatro jovens talentos do surfe brasileiro. Vitor Ferreira preferiu manter sigilo de informação da direita em que desferiu duas pancadas fortes de backside. Vindos da repescagem, Matheus Navarro e Samuel Pupo decidiram jogar duro nesse round. Navarro encaixou seu backside mortal em algum lugar de Floripa (SC), enquanto Pupo abriu a caixa de ferramentas em Maresias (SP), com um carve perfeito e veloz de saída, seguido de um aéreo reverse na técnica.
O catarinense Luã Silveira também não aliviou no Farol de Santa Marta, em Laguna (SC), cravando duas batidas verticais sem bater prancha, para dificultar de vez a vida dos juízes.
Resultado Heat 4
Samuel Pupo (Classificado)
Luã Silveira (Classificado)
Vitor Ferreira
Matheus Navarro
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5ª bateria
Disputa eletrizante que começou na praia de Camburi (SP), com um tubão expresso de Renan Pulga entrando pela porta de trás. O ex-top mundial do WCT, Willian Cardoso, encarou uma bomba na praia Mole de Floripa (SC), com três manobras linkadas com batida e rasgada, levantando a água de sempre por onde passa.
Wesley Dantas optou pelo alto, com dois aéreos executados com técnicas diferentes em uma mesma onda, na praia Vermelha do Norte, em Ubatuba (SP). O catarinense Ian Casal atacou a lendária direita volumosa da praia da Silveira, em Garopaba (SC), para encaixar seus movimentos precisos de backside.
Resultado Heat 5
Renan Pulga (Classificado)
Willian Cardoso (Classificado)
Wesley Dantas
Ian Casal
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6ª bateria
O bicampeão catarinense profissional 2016/2017, Caetano Vargas, definiu sua performance com um aéreo reverse muito bem executado no Riozinho, Campeche (Floripa). Diego Rosa também tem o bicampeonato catarinense de surfe profissional em seu currículo (2004/2006). Mais uma vez ele usou sua experiência e seu poderoso surfe de backside para encarar a praia do Santinho, em Floripa (SC), local onde vive e treina atualmente.
O campeão Mundial Pro-Júnior da WSL em 2016, Lucas Silveira, aproveitou todas as sessões da direita “internacional” do Campeche. Rasgada forte, tubo pela porta de trás e batida na junção foi o playlist de manobras executados por ele. Erick Bahia se jogou num tubão profundo em Maresias, também usando a técnica “behind the pik” (por trás do pico).
Resultado Heat 6
Eric Bahia (Classificado)
Lucas Silveira (Classificado)
Caetano Vargas
Diego Rosa
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7ª bateria
Netto Moura não deu mole e buscou a perfeição da Tereza, no Farol de Santa Marta, Laguna (SC). Sua tática foi o ataque coordenado com manobras em sequência de backside. As paredes em triângulo que levantam na Prainha, em São Francisco do Sul (SC), são perfeitas para os planos de decolagem e aterrissagem de Hedieferson Júnior, que confirmou seu aéreo reverse para essa fase.
Maresias mais uma vez entrou em cena, dessa vez com Eduardo Motta e sua sequência de rasgada na borda e duas batidas fortes e encaixadas. Um dos destaques do primeiro round, Lucas Chianca (Chumbo) botou pra dentro de um tubo cavernoso na praia da Vila, em Saquarema (RJ) e completou.
Resultado Heat 7
Lucas Chianca (Classificado)
Eduardo Motta (Classificado)
Hedieferson Junior
Netto Moura
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8ª bateria
Fechando o round, o campeão Krystian Kymerson apostou no peso da Laje de Jaconé, em Saquarema (RJ), entubando pra direita, e concluindo com um aéreo 360º de backside. Ricardo Wendhausen, de Florianópolis (SC), também é especialista em aéreos, mas optou por um tubo para esquerda na praia do Campeche.
João Chianca acelerou com tudo na praia de Itaúna, em Saquarema (RJ), para aplicar um aéreo reverse veloz com rotação diferenciada, jogando a rabeta de sua prancha pra cima. Caio Costa mais uma vez impressionou por sua pouca idade e muita atitude, ao surfar um tubo longo e perfeito numa direita cascuda em Maresias.
Resultado Heat 8
Caio Costa (Classificado)
Krystian Kymerson (Classificado)
João Chianca
Ricardo Wendhausen
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Cronograma de sábado
A sequência do 51 Ice E-Pro Brasil 2020 apresentado pelo Curta + Floripa segue nesse sábado (31 de outubro), a partir das 12:00. A organização divulgará os resultados oficiais do round 3, e na sequencia as baterias do quarto round que serão disputadas no domingo, primeiro de novembro, a partir das 10:00.
Baterias do Round 4
Domingo – 1º de novembro
Heat 1 – Krystian Kymerson x Samuel Pupo x Léo Casal x Caio Costa
Heat 2 – Jonas Tatuíra x Willian Cardoso x Lucas Chianca x Eric Bahia
Heat 3 – André Luíz x Eduardo Motta x Ian Gouveia x Fabrício Bulhões
Heat 4 – Renan Pulga x Thiago Camarão x Lucas Silveira x Luã Silveira
Como votar nos melhores surfistas do 51 Ice E-Pro Brasil 2020
Para participar, o público deve seguir @surfwebseries no Instagram, e assistir aos vídeos das baterias do dia. O internauta deve marcar o nome do melhor surfista da bateria, e compartilhar o vídeo nos “Stories”, dando aquela força para seu surfista favorito. Isso também fará a diferença no resultado final. Fiquem ligados nas baterias dos próximos round.
Para mais informações sobre o evento, acesse o www.surfwebseries.com.
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