No último mês de fevereiro, cientistas descobriram o maior buraco já registrado na camada de ozônio, com mais de um milhão de quilômetros quadrados sobre o oceano Ártico, no extremo norte do planeta.
De acordo com o Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus, na Europa, o buraco foi completamente fechado na última quinta-feira (23). No entanto, os cientistas explicaram que a recuperação provavelmente não teve relação com a diminuição das emissões de poluentes em meio à pandemia de coronavírus.
Esse buraco sequer foi consequência da poluição, e sim de um vórtice polar especialmente poderoso. Trata-se de um sistema de baixa pressão e ar frio que envolve ambos os polos. Quando esse fenômeno se dissipou, permitiu a chegada de ar rico em ozônio, e a camada do Ártico conseguiu se recuperar.
Além da extensão impressionante, o buraco chegou a esgotar o ozônio encontrado em quase 18 quilômetros de estratosfera. Segundo os pesquisadores, a última vez que um forte esgotamento químico de ozônio foi observado no Ártico foi em 2011.
A escassez de ozônio no Polo Sul, por outro lado, é causada pela ação humana: poluentes fazem com que substâncias como cloro e bromo cheguem à estratosfera e se acumulando em um vórtice polar, tornando mais fina a camada que protege a Terra da radiação ultravioleta.
Já no Ártico, os vórtices polares são muito mais fracos, e por isso as condições necessárias para um forte esgotamento de ozônio normalmente não são encontradas. Por isso a equipe disse que o buraco deste ano era algo “sem precedentes” na região.
Fonte Tilt
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